Olá, senhoras e senhores
Hoje o FIRE Jovem irá abordar a estratégia de investimentos para atingir a independência financeira no Brasil, especificamente quanto à alocação alvo dos ativos, seguindo a linha do plano para independência financeira e os 7 princípios do FIRE Jovem.
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Estratégia para Independência Financeira - FIRE Jovem |
De forma geral divido meus investimentos em três grandes categorias que por sua vez são divididas em categorias menores, são elas:
1. Caixa / Renda Fixa: Inclui Tesouro Direto, CDB, outros tipos de renda fixa (exceto debêntures) e o Caixa, este último alocado em investimentos de renda fixa com liquidez maior, como Tesouro SELIC ou contas de bancos digitais que rendem aproximadamente a SELIC, para aproveitar as oportunidades do mercado (6º Princípio).
2. Renda Variável: inclui os investimentos em boas ações brasileiras (ITSA, WEGE, FLRY), bons fundos imobiliários (KNRI, HGLG, ALZR) e no futuro pretendo incluir ações americanas e REITS para aumentar a diversificação (2º e 3º Princípios).
3. Capital alocado a risco*: separo uma pequena parte do meu patrimônio para investimentos especulativos ou incertos, sem bases fundamentalistas sólidas e que não necessariamente são para o curto prazo. Exemplos: Bitcoin, compra de opções, eventuais position trades ou até mesmo day trades. Via de regra não me envolvo com trades, mas podem surgir oportunidades óbvias para fazê-lo, ainda mais no contexto brasileiro, cheio de escândalos, quedas bruscas e recuperações rápidas.
Para os trades é essencial ter em mente o 1º Princípio: "As pessoas são sempre mais importantes que os investimentos, por isso só investirei meu dinheiro em ativos que não confrontam meus princípios morais."
*Atualmente a única classe desta categoria em que invisto são as criptomoedas, mais especificamente o Bitcoin, por isso nos gráficos esta categoria será apresentada como 'cripto'.
Percebam que há uma diferença enorme entre 'renda variável' e 'capital alocado a risco'. No primeiro caso invisto em ações e FII baseado em princípios fundamentalistas, que tendem a balizar a valorização dos investimentos no longo prazo, além disso é possível diversificar de maneira eficiente para diminuir o risco (como prega o 4º Princípio), já no 'capital alocado a risco' são investimentos especulativos e incertos, sem embasamento histórico robusto para escolhê-los .
Cada uma das três macro-categorias tem uma alocação alvo bem definida na minha carteira, sendo esta:
- Renda Variável: 84%
- Renda Fixa/Caixa: 15%
- Capital alocado a risco: 1%
O gráfico a seguir apresenta a alocação-alvo dos ativos dividida de acordo com a classe dos ativos:
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Alocação alvo de ativos - carteira para independência financeira - JOVEM FIRE (Janeiro 2020) |
Como ainda estou no início da jornada, optei por uma exposição maior à renda variável (85% do patrimônio), conforme os anos passarem e o caminho para independência financeira se aproximar eu provavelmente irei diminuir a exposição à renda variável e aumentar os investimentos em renda fixa/caixa, além disso pretendo aumentar a fração dos FII na carteira, visando obter uma renda passiva mensal sem a necessidade de vender patrimônio.
O Gustavo Cerbasi, por exemplo, indicava a regra dos 80 para definir a alocação de investimentos em renda variável, segundo ela o percentual a ser alocado em renda variável é obtido subtraindo sua idade de 80*. No entanto no contexto atual do Brasil com a SELIC na casa dos 5,0% e os investimentos em renda fixa pouco atrativos é interessante aumentar ainda mais a exposição absoluta à renda variável e seguir a tendência de diminuir conforme os anos passam.
*Exemplo: tenho 23 anos, logo minha alocação em renda variável deveria ser de: 80 - 23 = 57%
** Não sei dizer qual é a indicação atual do Cerbasi quanto à alocação de ativos, me lembrei desta regra e a coloquei aqui, pode ser que de fato ele já tenha dado outros conselhos com a mudança de cenário.
Com a alocação-alvo bem definida fica simples definir em qual categoria de ativos irei realizar meu aporte mensal, basta comparar a alocação real da carteira com a alocação-alvo e colocar a grana na classe que está mais atrás do alvo.
Irei redefinir a macro-alocação sempre que achar necessário. Como em breve irei iniciar os investimentos em Stocks e REITs é provável que as porcentagens se alterem um pouco.
FIRE Jovem
Top!
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