FIRE Jovem - Alocação de ativos

17 de janeiro de 2020

Olá, senhoras e senhores

Hoje o FIRE Jovem irá abordar a estratégia de investimentos para atingir a independência financeira no Brasil, especificamente quanto à alocação alvo dos ativos, seguindo a linha do plano para independência financeira e os 7 princípios do FIRE Jovem.

Estratégia para independência financeira - FIRE Jovem - movimento FIRE Brasil
Estratégia para Independência Financeira - FIRE Jovem
Nunca é demais falar: antes de começar investir e aumentar patrimônio construí uma reserva de emergência, que corresponde à aproximadamente 6 meses dos meus gastos, alocada em Tesouro SELIC para eventuais necessidades.

De forma geral divido meus investimentos em três grandes categorias que por sua vez são divididas em categorias menores, são elas:

1. Caixa / Renda Fixa: Inclui Tesouro Direto, CDB, outros tipos de renda fixa (exceto debêntures) e o Caixa, este último alocado em investimentos de renda fixa com liquidez maior, como Tesouro SELIC ou contas de bancos digitais que rendem aproximadamente a SELIC, para aproveitar as oportunidades do mercado (6º Princípio).

2. Renda Variável: inclui os investimentos em boas ações brasileiras (ITSA, WEGE, FLRY), bons fundos imobiliários (KNRI, HGLG, ALZR) e no futuro pretendo incluir ações americanas e REITS para aumentar a diversificação (2º e 3º Princípios).

3. Capital alocado a risco*: separo uma pequena parte do meu patrimônio para investimentos especulativos ou incertos, sem bases fundamentalistas sólidas e que não necessariamente são para o curto prazo. Exemplos: Bitcoin, compra de opções, eventuais position trades ou até mesmo day trades. Via de regra não me envolvo com trades, mas podem surgir oportunidades óbvias para fazê-lo, ainda mais no contexto brasileiro, cheio de escândalos, quedas bruscas e recuperações rápidas. 
Para os trades é essencial ter em mente o 1º Princípio: "As pessoas são sempre mais importantes que os investimentos, por isso só investirei meu dinheiro em ativos que não confrontam meus princípios morais."

*Atualmente a única classe desta categoria em que invisto são as criptomoedas, mais especificamente o Bitcoin, por isso nos gráficos esta categoria será apresentada como 'cripto'.

Percebam que há uma diferença enorme entre 'renda variável' e 'capital alocado a risco'. No primeiro caso invisto em ações e FII baseado em princípios fundamentalistas, que tendem a balizar a valorização dos investimentos no longo prazo, além disso é possível diversificar de maneira eficiente para diminuir o risco (como prega o 4º Princípio), já no 'capital alocado a risco' são investimentos especulativos e incertos, sem embasamento histórico robusto para escolhê-los . 

Cada uma das três macro-categorias tem uma alocação alvo bem definida na minha carteira, sendo esta:

  • Renda Variável: 84%  
  • Renda Fixa/Caixa: 15%
  • Capital alocado a risco: 1%

O gráfico a seguir apresenta a alocação-alvo dos ativos dividida de acordo com a classe dos ativos:

Alocação alvo de ativos - estratégia para independência financeira - FIRE Jovem - FIRE Brasil
Alocação alvo de ativos - carteira para independência financeira - JOVEM FIRE (Janeiro 2020)

Como ainda estou no início da jornada, optei por uma exposição maior à renda variável (85% do patrimônio), conforme os anos passarem e o caminho para independência financeira se aproximar eu provavelmente irei diminuir a exposição à renda variável e aumentar os investimentos em renda fixa/caixa, além disso pretendo aumentar a fração dos FII na carteira, visando obter uma renda passiva mensal sem a necessidade de vender patrimônio.


O Gustavo Cerbasi, por exemplo, indicava a regra dos 80 para definir a alocação de investimentos em renda variável, segundo ela o percentual a ser alocado em renda variável é obtido subtraindo sua idade de 80*. No entanto no contexto atual do Brasil com a SELIC na casa dos 5,0% e os investimentos em renda fixa pouco atrativos é interessante aumentar ainda mais a exposição absoluta à renda variável e seguir a tendência de diminuir conforme os anos passam.
*Exemplo: tenho 23 anos, logo minha alocação em renda variável deveria ser de: 80 - 23 = 57%
** Não sei dizer qual é a indicação atual do Cerbasi quanto à alocação de ativos, me lembrei desta regra e a coloquei aqui, pode ser que de fato ele já tenha dado outros conselhos com a mudança de cenário.

Com a alocação-alvo bem definida fica simples definir em qual categoria de ativos irei realizar meu aporte mensal, basta comparar a alocação real da carteira com a alocação-alvo e colocar a grana na classe que está mais atrás do alvo

Irei redefinir a macro-alocação sempre que achar necessário. Como em breve irei iniciar os investimentos em Stocks e REITs é provável que as porcentagens se alterem um pouco.

FIRE Jovem





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