FIRE Jovem - Princípios

14 de janeiro de 2020

Olá, senhoras e senhores

Nos últimos posts fiz a apresentação do FIRE Jovem e depois expliquei meu plano para independência financeira visando atingi-la antes dos 40 anos, atualmente a linha de chegada está em 2035 aos 39 anos. No post de hoje irei explicar os princípios por trás das minhas escolhas de investimentos.

Livro dos princípios do FIRE Jovem - movimento FIRE Brasil
Livro dos Princípios rumo à Independência Financeira do FIRE Jovem


A seguir irei listar os 7 princípios que balizam meu comportamento e minhas atitudes como investidor, abaixo dos princípios irei incluir ao menos uma consequência prática nos meus investimentos e na jornada até a independência financeira.

1º Princípio

As pessoas são sempre mais importantes que os investimentos, por isso só investirei meu dinheiro em ativos que não confrontam meus princípios morais.

  • Consequência prática: não invisto ou investirei meu dinheiro em empresas que causam danos à sociedade por sua ganância. Exemplos: Vale do Rio Doce e Souza Cruz (fabricante de cigarros)*.
*Essas são opiniões minhas e é a minha maneira de ver os investimentos, cada um é livre para fazer o que quiser desde que esteja em paz com isso. Uma empresa que vai contra meus valores pode não ir contra os de outra pessoa, da mesma forma que empresas que podem ir contra os valores de alguém não necessariamente vão contra os meus.

2º Princípio

Investimentos são para o longo prazo.
  • Consequência prática 1: sou e serei extremamente cauteloso ao sair de um investimento, só sairei quando o ativo passar a ir contra um dos princípios listados aqui. Como diria o Bastter: "patrimônio não se gira".
  • Consequência prática 2: via de regra evitarei fazer day trade ou position trade.

3º Princípio:

O valor intrínseco dos ativos segue princípios fundamentalistas no longo prazo. No curto prazo qualquer variável pode afetar a cotação e eu não me importarei com elas (ou pelo menos tentarei muito não me importar).
  • Consequência prática 1: notícias, quedas bruscas sem explicação ou crises financeiras não serão motivos para sair de um investimento.
  • Consequência prática 2: os ativos em que investirei serão escolhidos a partir de critérios fundamentalistas, tais como: lucro, dívida, diversificação do negócio e relação risco x retorno.

4º Princípio:

A diversificação consciente é a melhor alternativa para redução do risco dos investimentos.
  • Consequência prática: diversificar o portfólio em classes diferentes de ativos, diversificar dentro de cada classe em diferentes setores/tipos, investimentos em ações americanas e REITS no futuro.

5º Princípio:

O fator mais importante para aumento de patrimônio é o aporte de dinheiro, a rentabilidade é secundária.
  • Consequência prática 1: pagar-me antes de qualquer gasto e destinar imediatamente o montante salvo aos investimentos.
  • Consequência prática 2: não deixar os investimentos tomarem parte do meu tempo maior que o necessário (algumas horas por mês), o foco deve ser no que me gera renda para fazer os aportes.
  • Consequência prática 3: vida frugal e sem excessos, evito ao máximo o consumismo.

6º Princípio:

Possuir dinheiro em caixa para aproveitar as promoções do mercado.
  • Consequência prática: uma parte da minha carteira fica alocada em ativos de renda-fixa de alta liquidez para aproveitar quando os bons ativos estiverem 'baratos'.


Os ativos devem ser rebalanceados periodicamente de forma a atingir a alocação-alvo da carteira. Via de regra o rebalanceamento será feito por meio da compra da classe/ativo que está mais atrás.
  • Consequência prática: os aportes mensais serão feitos na classe de ativo que está mais distante da alocação-alvo, evitando vender ativos valorizados e focando na compra dos ativos desvalorizados.

Cada um desses princípios merece um post inteiro por si só, há muito que aprofundar em cada um deles, não me aprofundei na matemática ou em exemplos por trás de cada um porque o post ficaria longo demais, talvez no futuro eu faça uma série sobre cada um dos princípios.

Nos próximos posts irei abordar qual é a minha alocação-alvo, quais são os ativos em que invisto e como estou com relação ao plano para a independência financeira.

FIRE Jovem

4 comentários:

  1. Muito bem!

    Você acredita que é uma tendência dos jovens o primeiro princípio? Ou é mais particular seu?

    No mais, gostei dos seus princípios.

    Abs

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    1. Olá, bilionário

      Na realidade tenho pouco contato com pessoas da minha idade que investem, então não poderia falar por eles, mas é fato que há um tendência (pelo menos fora do Brasil) de fazer 'investimentos conscientes', como o 'SRI'-'Socially Responsible Investing' e 'ESG' - 'Enviromental Social and Governance'. Sei que nos EUA é bastante comum fundos ou ETFs que têm essa pegada 'EGS'. No Brasil percebo essa tendência com muito menos força, mas quem sabe no futuro...

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  2. Excelentes princípios! Continue em frente!

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  3. Eu compartilho do seu primeiro princípio. Principalmente porque minha vida já foi afetada por uma dessas empresas (não necessariamente as que você mencionou). Me dá uma paz saber que meu dinheiro não está sendo utilizado para manter/desenvolver um negócio em que vidas estão sendo perdidas.

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